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quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

A moça do vestido verde


A seguir irei deixar para os meus queridos leitores uma poesia de Flora Figueiredo, do livro "Chão de vento" intitulada de "A moça do vestido verde"

A moça do vestido verde
Discreta, ela atravessa a rua em linha reta.
Todos os dias a vejo passar no mesmo horário.
O vestido ligeiramente comprido,
cintura no lugar, bolsa na mão.
No pescoço, o cordão e o escapulário.
Ela não olha para os lados.
Para quê?
Mulheres são indecentes, homens safados.
O melhor é fingir que não se vê.
E os camelôs e suas barracas ilegais?
Ela arrisca um olho
seduzida pelo barulho colorido,
mas logo se arrepende então olha mais:
seu recato não permite resvalar no proibido.
Ontem, a moça do vestido verde deu um encontrão
no rapaz de bigodinho, pasta, perfume, colarinho;
o conteúdo da bosa espalhou se pelo chão.
Constrangido, ele ajudou a moça do vestido, 
Pediu desculpas, beijou lhe a mão.
Hoje, eu a vejo passar na hora certa.
A bolsa, a cintura no lugar, a postura ereta.
Ela para, olha para os lados, retoca se no espelho.
A moça segue radiante. O vestido é vermelho.

agora você deve se perguntar porque eu quis deixar esse poema, aí vai a resposta:
Vemos que a moça tinha uma conduta e vivia uma rotina, e sempre com o mesmo vestuário, Porém quando ouve um acidente uma falha no que ela fazia todos os dias ela mudou sua conduta e até o geito de se vestir. Isso nada mais é expressado pela autora que a moça aprendeu com seu erro e mudou totalmente sua vida e sua rotina e é isso que devemos sempre fazer quando erramos e caímos, temos que refletir esse erro para que possamos mudar de vida como a moça da poesia.

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